Indicador do 1º quadrimestre de 2025 ano foi apresentado pela Saúde à Câmara de Vereadores. Meta do Município é sempre manter taxa inferior a dois dígitos para cada 1 mil bebês nascidos vivos.
Campinas reduziu a taxa de mortalidade infantil para 8,03 a cada grupo com 1 mil bebês nascidos vivos durante o 1º quadrimestre deste ano. Com avanço em políticas públicas de assistência, a Secretaria de Saúde registrou redução de 1,26 ponto percentual no comparativo com o resultado de 9,29 contabilizado no mesmo período de 2024.
O resultado foi apresentado por representantes da Secretaria de Saúde durante audiência para prestação de contas à Câmara dos Vereadores na última quarta-feira (28). A taxa verificada entre janeiro e abril de 2025 é também mais positiva do que a meta de 9,9.
A taxa de mortalidade infantil é um dos indicadores mais usados para medir condições de saúde da população, em especial das crianças com menos de 1 ano, e do Sistema de Saúde Municipal. A meta de Campinas é permanecer sempre abaixo de 10 e, com isso, se aproximar da média entre 8 e 9 alcançada por países considerados desenvolvidos.
A avaliação da Saúde é de que a melhora na taxa refletiu a eficiência de políticas públicas implementadas, entre elas, a qualidade no atendimento às gestantes, além de múltiplas campanhas de vacinação, incentivo à amamentação e a importância do pré-natal.
Houve ainda aumento da demanda por UTI neonatal para partos de crianças de risco.
“É um indicador que Campinas tem muito orgulho e trabalha para manter abaixo de dois dígitos. Encontramos poucos municípios em nosso país que conseguem atingir essa meta”, destacou a diretora do Departamento de Gestão e Desenvolvimento Organizacional (DGDO), Erika Cristina Jacob Guimarães.
As unidades básicas também ampliaram o atendimento ao binômio mãe-bebê.
“Um fator que considero primordial para a assistência em saúde é o atendimento da mãe e do recém-nascido na primeira semana de vida pela equipe de saúde da família. Serve como uma avaliação quanto a algum risco à saúde que, quando identificado de forma precoce, pode ser sanado e garantir a saúde de ambos, mãe e bebê”, explicou Andréa Maria Campedelli Lopes, coordenadora da Área da Criança e do Adolescentes da Saúde de Campinas.
O percentual de nascidos vivos em serviços do SUS em Campinas passou de 56% para 57% entre o primeiro quadrimestre do ano passado e o intervalo de janeiro a abril de 2025.
1º quadrimestre de 2024
- Nascidos vivos – 4.065
- SUS – 56%
- Convênio – 41%
- Ignorado – 3%
1º quadrimestre de 2025
- Nascidos vivos – 3.236
- SUS – 57%
- Convênio – 41%
- Ignorado – 2%
Atendimentos
Campinas oferece atendimento de referência na região para partos de alto risco, sobretudo quando envolvem bebês prematuros ou com cardiopatias.
O atendimento às gestantes pelo SUS Municipal ocorre nos 68 centros de saúde. Os nascimentos pela rede municipal ocorrem nos hospitais Maternidade de Campinas e PUC-Campinas, que mantêm convênios com a administração.
Além disso, Campinas conta desde 2015 com a Casa da Gestante no Jardim Guanabara, projeto pioneiro no Brasil que funciona por meio de um convênio entre a Saúde e o Instituto Padre Haroldo. Trata-se de uma unidade de acolhimento para gestantes e puérperas que estejam em situação de rua com risco de saúde e vulnerabilidade social.
A Casa realiza um trabalho articulado para construção ou reconstrução dos direitos básicos das mulheres, incluindo desde apoio para obtenção de documentos até inserção no mercado de trabalho, além de acompanhamento posterior das mulheres e filhos após período na unidade. O serviço garante ainda consultas de pré-natal e de puericultura, além da vacinação das crianças e o direcionamento delas para as matrículas nas escolas.
Já pela rede estadual, os nascimentos em Campinas ocorrem no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), na Unicamp.