Estrutura funciona no Parque Itália, em Campinas, e ao menos 120 pessoas foram atendidas no 1º dia. Ela recebeu investimento de R$ 6,5 milhões e atende pacientes encaminhadas por outros serviços.
O Centro de Referência de Assistência Integral à Mulher (Craim), o Hospital da Mulher, começou a atender pacientes do SUS Municipal de Campinas nesta segunda-feira, 1º de setembro. A estrutura com 1,7 mil metros quadrados de área construída e investimento de R$ 6,5 milhões foi criada com o objetivo de garantir assistência especializada qualificada.
O hospital tem gestão municipal e recebe pacientes mediante encaminhamento por outros serviços da Saúde. Ele está instalado no bairro Parque Itália, onde há sinergia assistencial com outros equipamentos de saúde: Hospital Mário Gatti, Hospital Mário Gattinho, Hospital de Amor, Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (AD) Sudoeste. O funcionamento ocorre em dias úteis, das 7h às 19h.
A construção é um dos principais avanços do SUS Municipal em busca de qualificação na assistência com promoção de dignidade e pluralidade. As obras foram entregues pela Prefeitura durante cerimônia realizada em 22 de agosto com a participação de autoridades.
Como foi o 1º dia?
Nesta segunda-feira, até as 16h30, foram atendidas 120 pacientes. Entre os serviços já disponíveis estão o pré-natal de alto risco, mastologia, patologia cervical e planejamento familiar. Nas próximas semanas serão implementados o ultrassom – nesta semana os funcionários estão em treinamento – e a realização de mamografias.
“Já neste primeiro dia mais de 100 mulheres foram atendidas em um centro de referência inédito na cidade e que está em sintonia com a política do SUS de mais diversidade e acolhimento”, ressaltou o secretário de Saúde de Campinas, Lair Zambon.
A estrutura, com dois pavimentos e fachada envidraçada, tem capacidade para aproximadamente 250 atendimentos diários, entre consultas e exames. A equipe tem cerca de 50 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e radiologia, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas.
O Censo 2022 mostrou que 52,3% da população de Campinas é do sexo feminino.
A Prefeitura aplicou R$ 1,1 milhão e o Ministério destinou R$ 5,4 milhões para as obras. Elas começaram em junho de 2021, em meio às dificuldades impostas pela pandemia.
O hospital leva o nome de Dr. Pedro Serafim Neto (1922-2009), em homenage.
Divisão da estrutura
- Piso térreo: oito consultórios, três salas de procedimentos, três salas de atendimento individual, salas de exames (mamografia, ultrassom), farmácia, refeitório e espaços administrativos.
- Mezanino: auditório para 80 pessoas, sala de reuniões e cinco salas multiuso.
- Sala de observação: dois leitos para gestantes de alto risco ou casos específicos.
- Salas de procedimentos: três unidades para pequenos procedimentos.
- Serviços oferecidos: pré-natal de alto risco, patologia cervical, mastologia, planejamento familiar, mamografia e ultrassom.
- Estacionamento: 135 vagas (97 internas e 38 externas).
- Expansão futura: inclusão de fisioterapia, uroginecologia e histeroscopia.
Crédito: Secretaria de Saúde de Campinas