Mortes de motociclistas caem 16% no semestre: foram três vidas salvas

Todos os demais índices registraram queda. Motociclistas ainda representam maioria dos mortos e Emdec prossegue conscientizando esse público a adotar direção segura.

Na semana em que o Dia do Motociclista foi lembrado, Campinas alcançou, no primeiro semestre deste ano, queda de 16% no número de óbitos desse público em vias urbanas. Foram três vidas salvas em relação ao mesmo período de 2024, que registrou 19 óbitos.

O número total de mortes na malha urbana (que inclui também as rodovias) também caiu 19% no período, com sete vidas salvas – foram 30 óbitos no último semestre contra 37 no mesmo período de 2024. Os dados preliminares constam no Boletim Mensal de Óbitos no Trânsito da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), divulgado nesta quinta-feira, 31 de julho. No último mês de junho, foram cinco vidas perdidas em vias urbanas.

A queda foi ainda mais significativa na soma dos óbitos em vias urbanas e rodovias: foram 58 vidas perdidas no primeiro semestre de 2025 e 83 no mesmo período de 2024 – redução de 30%. Foram 26 mortes em rodovias e em dois casos ainda não foi possível identificar o local exato.

Pedestres, ocupantes dos demais veículos e ciclistas também apresentaram índices positivos no primeiro semestre. Perderam a vida no trânsito, no período, dez pedestres (queda de 9%), três ocupantes de demais veículos (queda de 40%) e um ciclista (queda de 50%).

“Apesar de positivos, os resultados alcançados no primeiro semestre são combustíveis para que os esforços para salvar vidas no trânsito sejam mantidos. Toda vida perdida no trânsito é fruto de ocorrências que podem ser evitadas. Ter essa consciência durante nossos deslocamentos é fundamental”, destacou o presidente da Emdec, Vinicius Riverete. 

Entre os 30 óbitos em vias urbanas registrados, dez tiveram as causas analisadas pelo Comitê Vida no Trânsito. Quatro dos casos (40%) envolviam excesso de velocidade ou velocidade inadequada. Para o segundo semestre, a Emdec já prepara uma campanha de massa focada no fator de risco velocidade.

Apesar do número positivo de queda nos óbitos, os motociclistas ainda são os que mais morrem no trânsito campineiro. Eles representaram 53% dos 30 óbitos registrados no período. Na segunda posição, estão os pedestres, com 33%. Ocupantes de outros tipos de veículos representaram 10% dos óbitos e os ciclistas 3%.

Desde o último dia 27, que marcou o Dia do Motociclista, a Emdec vem realizando, em conjunto com parceiros, diversas ações educativas para orientar motociclistas sobre boas práticas no trânsito. A programação segue até o dia 2 de agosto e inclui blitze educativas, motocheck-up, esquetes teatrais e workshop.  

No último dia 29, um estudo sobre fatores de risco foi apresentado pela Johns Hopkins University na sede da Emdec e mostrou que o percentual de excesso de velocidade foi maior entre os motociclistas, com 60%. A coleta de dados foi feita entre outubro de 2022 e setembro de 2024. A pesquisa é fruto de parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e conta com o apoio da Iniciativa Bloomberg para Segurança Viária Global (BIGRS), da Vital Strategies, além da Emdec, Secretaria de Transportes (Setransp) e Prefeitura Municipal.

Ao longo de todo o ano, iniciativas para salvar vidas no trânsito são realizadas pela Emdec. Confira as principais:

  • Reforço da sinalização viária: 87,6 mil m² de sinalização de solo, 3,3 mil placas implantadas e 130 rampas executadas.
  • Fiscalização: 160 operações integradas Emdec/PM/GM e seis mil infrações identificadas; três novos pontos de fiscalização remota por videomonitoramento; e quatro radares remanejados.
  • Educação para mobilidade: 200 ações e 31 mil pessoas impactadas.

O Boletim Mensal Informativo de Óbitos no Trânsito está disponível no site da Emdec, na seção “Cadernos de Acidentalidade”.