Objetos apresentam o valor histórico e cultural preservado nos museus públicos do município.
De uma sucuri preservada desde 1938 a espadas do Brasil Império, os museus públicos de Campinas guardam relíquias que contam não apenas a história da cidade, mas também do país e do mundo. Espalhados por diferentes regiões do município, os equipamentos culturais preservam obras raras que, muitas vezes, passam despercebidas pelo grande público — mas que merecem ser conhecidas e valorizadas. Maio é o mês dos Museus e a Secretaria Municipal de Cultura e Lazer busca celebrar as instituições museológicas como espaços de preservação e difusão do patrimônio cultural e natural.
No Museu de História Natural (MHN), uma das peças mais emblemáticas é uma sucuri de quase 4 metros, taxidermizada pelo próprio fundador do espaço, em 1938. Doada a ele no mesmo ano, a cobra integra a exposição de longa duração e é um dos itens mais antigos do acervo.
No alto do Pico das Cabras, o Observatório Municipal Jean Nicolini guarda um telescópio inglês refrator de 70 mm com luneta e tripé de madeira. Da tradicional marca Troughton & Simms, a peça foi doada ao observatório e representa a antiga engenharia óptica, sendo um dos destaques do espaço.
O Museu da Imagem e do Som (MIS) resguarda itens que marcaram a história do cinema campineiro. Um deles é o disco original da trilha sonora do filme Fernão Dias (1957), dirigido por Alfredo Roberto Alves, além da bandeira utilizada durante as gravações. O longa-metragem é considerado um marco da produção cinematográfica local.
Já o Planetário Municipal preserva um dos mais importantes equipamentos astronômicos do país: o Zeiss ZKP2, instalado em 1987. O projetor, de origem alemã, segue sendo utilizado nas sessões educativas, encantando crianças, estudantes e entusiastas da astronomia.
No Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC), uma das primeiras aquisições do acervo é a obra Desenho I, de Lothar Charoux. O artista austríaco-brasileiro foi um dos fundadores do Grupo Ruptura, movimento concretista que revolucionou a arte no Brasil nos anos 1950. A obra reúne contrastes, vibrações ópticas e geometria em uma composição que instiga os sentidos e o olhar.
O Museu da Cidade, localizado na Casa de Vidro (Lago do Café), também preserva relíquias que atravessam séculos. Entre elas, está a proposta original do primeiro brasão de Campinas, criada por Ricardo Gumbleton Daunt. Além disso, o museu guarda um crânio pré-histórico encontrado em um sambaqui e espadas utilizadas no período do Brasil Império.
As peças são testemunhos da diversidade e profundidade do acervo museológico de Campinas. Cada uma delas carrega histórias únicas, que ajudam a compor o mosaico cultural e histórico da cidade.
Para saber endereços e cronograma de funcionamento dos espaços, basta acessar o site oficial dedicado aos museus (https://portal-homologa.campinas.sp.gov.br/secretaria/cultura-e-turismo/pagina/museus-e-observatorio)